O fundador do Megaupload, Kim Dotcom, pode ser extraditado para os EUA após 12 anos de disputa com o país. Ele reside na Nova Zelândia e o primeiro-ministro do país determinou sua extradição na última quinta-feira, 15 de agosto.
Dotcom é acusado de facilitar a pirataria desde 2012, através do Megaupload. Devido à sua residência na Nova Zelândia, as discussões sobre sua extradição levaram mais de dez anos, mas agora ela foi oficializada. O fundador do Megaupload comentou sobre o assunto no Twitter, inicialmente apresentando um cenário de “globo caminhando para o apocalipse” e, posteriormente, concluindo falando da decisão da Justiça.
“globo caminhando para o apocalipse! O sistema de dívida e impressão de grana dos EUA está colapsando. O Ocidente está se dirigindo a uma economia desperta. O Oriente Médio está em chamas. Rússia domina a Ucrânia e a OTAN. BRICS está encerrando a hegemonia dos EUA e o falso ‘ordenamento baseado em regras’. Pupetes dos EUA estão falhando em todo lugar. Genocídio, perseguição e tortura estão se espalhando…”
“Minha obedientemente colônia dos EUA no Sul do Pacífico (Nova Zelândia) acabou de decidir me extraditar por causa de usuários do Megaupload que subiram sem solicitação e que os donos do copyright podiam remover com acesso direto instantâneo e sem questionamentos. Mas quem se importa? Isso é justiça nos dias de hoje (sic).”
As autoridades dos EUA consideram que Dotcom facilitou a pirataria através do Megaupload, causando prejuízo de US$ 500 milhões a produtoras. A prática teria gerado rendimentos na ordem dos US$ 175 milhões para o site.
Os ex-parceiros de Dotcom no Megaupload já enfrentaram a Justiça dos EUA e perderam. Mathias Ortmann e Bram van der Kolk fizeram acordos para testemunhar contra seu velho chefe e foram sentenciados a dois anos de prisão na Nova Zelândia em 2023. Finn Batato também enfrentava acusações, mas faleceu em 2022 no mesmo país.
Dotcom, no entanto, garante que não será extraditado. Respondeu a um usuário em sua thread de tweet, ele disse que ainda é possível apelar contra a sentença e afirmou categoricamente que a extradição “nunca” vai acontecer.
Enquanto luta para permanecer na Nova Zelândia, Dotcom segue tweetando como se nada tivesse acontecido. Em um de seus posts mais recentes, ele promete uma nova plataforma de “democracia direta” que, segundo ele, vai “acabar de vez com a corrupção”.
Fonte: Adrenaline